PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES INTRAOPERATÓRIAS DURANTE A HISTEROSCOPIA CIRÚRGICA EM SERVIÇO DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: UM ESTUDO RETROSPECTIVO

Autores

  • Mariana Didier Reis
  • Bárbara Machado Garcia Bárbara Machado Garcia
  • João Oscar de Almeida Falcão Júnior
  • Juliana Abrahão Reis e Souza
  • Julia de Lima Carvalho
  • Walter Antônio Prata Pace

Resumo

Introdução: A histeroscopia cirúrgica se mostrou como um método seguro e barato para a realização de procedimentos intrauterinos. No entanto, ela não está livre de riscos e de complicações, como perfuração uterina, sangramento e sobrecarga de volume. Objetivo: Identificar a prevalência de complicações intraoperatórias ocorridas durante a histeroscopia cirúrgica realizada em um hospital universitário. Método: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, a partir da análise dos prontuários das pacientes que realizaram histeroscopia cirúrgica em um hospital universitário no Brasil, entre o período de abril de 2013 a março de 2021. Resultados: Foram analisados os prontuários de 983 pacientes em 1035 procedimentos de histeroscopia cirúrgica. A mediana de idade foi de 53 anos, sendo que 55,4% estavam na menopausa. Quanto às queixas das pacientes, 40,3% eram assintomáticas, 13,1% queixavam dor pélvica e 40,7% apresentavam sangramento uterino anormal. A indicação mais comum para o procedimento foi a presença de pólipos endometriais (78,6%), seguido de miomatose uterina (18,2%). A prevalência global de complicações no estudo foi de 5,3%, de forma que a mais comum foi a perfuração uterina (2,8%), seguida de sobrecarga de volume (1,1%), sangramento (0,8%) ou outras (0,6%). Conclusão: A complicação histeroscópica mais comum encontrada foi a perfuração uterina, seguida da sobrecarga hídrica.

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Publicado

17-02-2023